top of page
Buscar

Market Share dos Softwares de Produção Musical

  • Foto do escritor: Syd Back
    Syd Back
  • 18 de fev. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de fev. de 2022


Analisar o market share (participação de mercado) de um segmento é uma forma bastante eficiente de avaliar quem são as principais empresas atuantes e como elas conquistam a preferência de seus consumidores. A concorrência é um fator intrínseco à economia de mercado, o que faz com que uma marca deseje saber como está seu desempenho em relação às demais. Vale ressaltar que nem sempre o que vende mais é o melhor. Tudo vai depender da estratégia e de qual tipo de público se quer atingir. Tomemos como exemplo duas marcas de guitarras: a brasileira Tagima e a americana PRS. A primeira trabalha com grande produção, buscando atingir um público iniciante ou intermediário, com instrumentos feitos majoritariamente na China e vendidas a um preço médio de R$ 2 mil. Já a PRS - utilizada por guitarristas como Santana, Alex Lifeson (Rush) e John Mayer - tem a proposta de fazer guitarras (e também amplificadores) de alta qualidade, com os melhores componentes, utilizando tecnologia de ponta em um processo de produção cuidadoso, com os melhores controles de qualidade. Seus preços variam de R$ 25 mil a R$ 48 mil. A Tagima muito provavelmente tem um volume de vendas, em termos quantidade de instrumentos vendidos, muito maior que a empresa de Paul Reed Smith. Porém, é preciso considerar que são empresas que definiram muito bem o público consumidor alvo e assim definem suas estratégias de mercado.

Quando o assunto é produção musical, uma pergunta bastante recorrente é: qual o melhor software para gravação? Como vimos nos artigos Softwares para Produção Musical - Parte 1 e Parte 2, há uma quantidade considerável de excelentes Digital Audio Workstation (DAW) com esse propósito. Esta grande oferta de possibilidades permite aos usuários escolherem o que melhor se adequa às suas necessidades de criação e orçamento, transladando o debate para uma discussão não para se definir qual é o melhor, mas sim no sentido de avaliar qual é a melhor ferramenta para cada músico ou produtor. As DAW são a espinha dorsal da maioria dos estúdios. É onde se gasta horas gravando, editando, construindo arranjos, mixando e masterizando.

Todavia, se não existe o melhor software, então qual é o mais vendido? Qual tem maior número de usuários em todo o mundo? Bom, essas perguntas também são bastante difíceis de se responder, pois os fabricantes não divulgam o total de licenças que vendem anualmente - certamente por razões estratégicas - e não há pesquisas de mercado disponíveis.

Pesquisando o tema, encontrei os dados referentes a uma pesquisa feita pelo site Ask Audio, em 2017, com 30.611 leitores a respeito de qual software utilizavam para produzir. A pesquisa foi motivada por uma grande promoção em que seriam distribuídos mais de 100 mil dólares em equipamentos e softwares para estúdio. Os resultados revelaram o Ableton Live como líder (o preferido dos produtores de música eletrônica) com 20,52% de participação, seguido por Logic Pro (19,20%) e Pro Tools (16,13%). Interessante notar que somando-se as participações de GarageBand (2,22%) e Logic Pro (19,20%), chega-se a 21,42%, elevando a Apple ao topo do market share, o que é bastante surpreendente, pois sequer estão disponíveis para usuários de Windows.



O fato é que as empresas atuantes no mercado de Digital Audio Workstation estão sempre investindo em atualizações e novas tecnologias para os usuários realizarem seus projetos de maneira mais eficiente e criativa. E no final das contas, o grande objetivo é fazer boa música, independente da ferramenta.

 
 
 

Comments


bottom of page